segunda-feira, 17 de outubro de 2011

THE DUKE'S CHILDREN DE ANTHONY TROLLOPE







THE PALLISERS
ANTHONY TROLLOPE
THE DUKE’S CHILDREN

Antony Trollope nasceu em Londres, Inglaterra, no ano de 1815. Era filho de um barrister (advogado representativo) e de uma prolífica escritora, Frances. Aos 19 anos foi trabalhar no correio até galgar o posto mais alto. Além de escrever novelas, a ele é creditado a invenção britânica Pillar Box (caixa postal). Sua primeira novela foi publicada em 1847 e a famosa série The Warden, em 1855. Na brilhante série de novelas políticas, The Pallisers, ele encontra seu personagem favorito, Plantagenet Palliser, Duque de Omnium e Primeiro Ministro da Inglaterra por três anos.
Essa maravilhosa novela da época vitoriana é a última da série, porém todos os livros podem ser lidos separadamente sem que percamos o significado do todo.
Plantagenet Palliser, Duque de Omnium e ex-Primeiro Ministro da Inglaterra por três anos, encontra-se viúvo. Sua mulher, Lady Glencora, morrera subitamente e era o personagem mais surpreendente da série. O duque está arrasado, pois deixara a educação dos filhos inteiramente aos cuidados de sua mulher, uma vez que sua vida era, na verdade, a política. Os dois rapazes mais velhos estão na casa dos vinte e poucos anos (Conde de Silverbridge, o mais velho e Lord Gerald Palliser). Lady Mary, a caçula está com 19 anos. Esse homem que pouco convivia com os filhos, que para ele eram quase estranhos, está agora com a incumbência de guiá-los para a vida adulta. Sendo um homem íntegro, justo e nobre não sabe como lidar com os anseios modernos de seus filhos. Ele tivera uma adolescência e vida adulta inalterável, sempre seguindo os valores da aristocracia e da justiça com as pessoas comuns. Sua mulher, muito mais arrojada e sonhadora, pouco conseguira mudar seu marido, a quem admirava e respeitava. Lady Mary está totalmente apaixonada por um jovem plebeu, Tregear, que apesar de ter conseguido uma cadeira no Parlamento, não é aceito pelo Duque, não por falta de qualidades admiradas por Lady Glencora quando viva, mas pelo fato de ser uma pessoa comum e sem dinheiro e ter tido a ousadia de pedir a mão de sua filha em casamento. Os dois sofrerão até o fim da novela para serem compreendidos. Muito mais interessante é o comportamento de seus filhos, que apesar de riquíssimos e nobres se envolvem com pessoas sem caráter e em jogos de cartas, corridas de cavalo e caça desenfreada, como se esses fatos fossem toda a razão de suas vidas. Ambos não são alunos brilhantes e querem seguir um destino escolhido por eles, assim como a irmã que não se casará com ninguém mais a não ser com o amor de sua vida. O que mais entristece o Duque é não ter conseguido passar seus valores centenários aos filhos. Eles jamais poderiam querer ganhar dinheiro de forma ilícita, em jogos, tirando dinheiro do bolso de quem tinha pouco. Seus milhões não lhe importam que paguem por essas pequenas fortunas perdidas, mas é a atitude mesquinha que mais o enfurece. Conde de Silverbridge entra para a política no partido Conservador, o mesmo de Tregear, sendo que a família havia sido Liberal por gerações seguidas. Além disso, apaixona-se por uma americana e quer se casar com ela. Todas essas dificuldades serão resolvidas de alguma maneira, mas o melhor da novela é como ele terá de começar um doloroso trabalho de autoconhecimento e de abertura para o qual não se encontra preparado. Seu caráter e sua rigidez com relação a casamentos mistos são muito cristalizados para que ele abra mão dessa prerrogativa milenar. Claro que aceita como amigo ou oponente um plebeu, mas isso nunca poderia ultrapassar as barreiras que enfraquecessem o sangue real. É uma novela belíssima, com a característica do escritor de conversar com o leitor e colocá-lo ciente de coisas já ditas e talvez não memorizadas, de arquitetar um espaço para que possamos usufruir de seu lado de comédia e encantamento. As posições políticas são muito bem descritas, sem terem, todavia, nenhuma prioridade, assim como os encontros nas caçadas, nos bares londrinos de endinheirados ou nos bastidores do Hipódromo e do Parlamento. É um livro afetuoso e de grande substância psicológica.
Sua primeira publicação foi em 1880 e é o sexto e último da série.

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